Uma preocupação constante da mulher, eh sobre o melhor método contraceptivo a ser usado.
Usei pílulas durante anos , mas esbarrava na questão ESQUECIMENTO. Vivia esquecendo de tomar, o que afetava a eficácia do remédio. Desde muito jovem tomei a decisão de não ter filhos, então ter um método eficaz de evitá-los é essencial pra mim.
Tentei usar contraceptivo injetável – mas uma única aplicação me fez inchar 4kg e ficar com um mau humor insuportável, então desisti da ideia.
Pensei no DIU. Nunca tinha usado, e ouvia muitas historias de quem usava e acabava engravidando. Então tinha muitos receios sobre o método.
Importante dizer que nunca tive ovários policísticos ou qualquer outro problema do aparelho reprodutivo, de modo que a escolha do método contraceptivo pra mim foi uma questão de praticidade mesmo.
Conversei com o meu ginecologista na época. Tinha 32 anos e estava recém separada. Ele não foi nada favorável a ideia pelo fato de eu não ter filhos. Decidi então procurar outra opinião, e através de indicações encontrei minha ginecologista que vem me acompanhando desde então.
Ela me pediu uma série de exames de laboratório e imagem, em diferentes épocas do meu ciclo, para poder ver como meu organismo se comportava. A partir dessa analise concluiu que o DIU de cobre era viável pra mim.
Coloquei o DIU de cobre (não hormonal) em maio de 2006, no consultório mesmo. Minha medica pediu uma ultra para confirmar que ele estava bem posicionado. E constatou que havia um problema – não no DIU, mas uma fibrose no meu útero . Foi necessário retirar o DIU, fazer a retirada dessa “pele estranha” e recolocar o dispositivo. Nesse caso não foi feito em consultório, passei uma noite internada e tudo foi feito, no dia seguinte fui pra casa.
Depois disso, a cada 6 meses fiz ultrassonografias para ver se o DIU estava corretamente posicionado. E sempre esteve no lugar!
Meu DIU era de 7 anos. Mas ele estava muito bem posicionado e com acompanhamento da minha ginecologista fiquei 10 anos e 6 meses com ele, só fazendo a troca em dezembro de 2016.
O fato de ter feito cirurgia bariátrica também virou um ponto de atenção na troca do DIU. Como eu ia perder muito peso em pouco tempo, havia o receio de o DIU sair do lugar (e ter sua eficácia afetada). Então minha ginecologista me recomendou esperar uns 30 a 45 dias depois da cirurgia (quando a eliminação de peso eh maior) para fazer a troca.
Fiz a retirada do DIU antigo e coloquei o novo com um médico indicado pela minha ginecologista, pois ele tem um aparelho de vídeo que permitia o procedimento em consultório. Fiz tudo em menos de 1 hora e a dor foi suportável, como uma cólica. Meu DIU atual eh de 7 anos. Dado que estou com 44 anos, pode ser que seja o ultimo antes da menopausa.
Com base na minha experiência com o DIU, acho o método seguro e recomendo DESDE QUE com acompanhamento médico. Eh um método que requer revisões periódicas.
Listando os prós e contras, baseados na minha experiência.
Prós:
– Econômico – o custo do DIU x sua duração é infinitamente menor do que o custo total com anticoncepcionais e injeções no mesmo período;
– Não Hormonal, portanto bem menos agressivo ao organismo.
– Não precisar ficar lembrando de tomar remédio ou injeção eh maravilhoso!
Contras:
– Nos primeiros meses o fluxo menstrual com o DIU de cobre foi muito intenso. Com o tempo se normalizou;
– Por causa do fluxo intenso também tinha muitas cólicas no inicio do uso. Com o tempo também se normalizou
Se você tem dúvidas sobre o método, busque informação. Existem grupos em redes sociais que tratam do assunto, e vários artigos na internet. Acima de tudo busque um médico que OUÇA suas necessidades e faça toda a checagem necessária para indicar o melhor método para você.
E você, usa? Já usou? Tem medo? Me conta!